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quinta-feira, 29 de março de 2012

Os fascistoides estão nas ruas. Ou: Dilma saiu da VAR-Palmares; precisa agora deixar claro que a VAR-Palmares saiu de Dilma

Eu até tento deixar de lado certas manifestações, mas, "...são coisas que eu não consigo controlaaar..."
Não me canso de ler os posts do jornalista Reinaldo Azevedo. Leio-os assiduamente por concordar com seu ponto de vista e, porque não me vejo no direito de editar quaiquer de suas linhas, reproduzo seus textos integralmente. Abaixo segue um alerta a um perigoso enredo que tem se formado nos bastidores há algum tempo, mas agora partiu pro "esculacho"!

Ontem, o PC do B, que tem um ministério no governo Dilma Rousseff — e sou justo: Aldo Rebello (Esportes) fez um excelente trabalho quando relator do Código Florestal na Câmara —, levou ao ar o seu programa no horário político gratuito. Foi uma peça patética, que não resistiria a uma abordagem minimamente objetiva. Segundo a versão tornada pública, o partido está, desde sempre, comprometido com a democracia. Explorou-se até a figura de Luiz Carlos Prestes. Não sei se houve algum entendimento com a família do líder comunista. O fato é que o PC do B que está aí hoje deriva justamente da linha que havia rompido com… Prestes! Assistiu-se a uma soma formidável de mentiras, de retórica oca, de vigarices intelectuais. O pior momento, certamente, é aquele em que o PC do B tenta afetar sua pureza e rigidez ideológicas. Se estivesse agarrado a seu credo original, seria péssimo. Mas isso também é mentira. É hoje um partido fisiológico de esquerda, como qualquer outro, que vai se alimentando de carguinhos e de dinheiro público. O escândalo das ONGs, no ano passado, ilustra bem o que quero dizer. Mas não vou me me perder nesse particular porque o objeto deste texto é outro.

Lembrei o caso do PC do B porque foi o partido que protagonizou a guerrilha do Araguaia. Jamais teve compromisso com a democracia. É de tal sorte admirador da ditadura comunista que, atenção!, até hoje não reconhece o processo de desestalinização da União Soviética. Krushev segue sendo, para eles, um algoz do socialismo. Gostam mesmo é de Stálin e seus métodos. Nota: a URSS acabou, como vocês sabem, mas o amor do PC do B pela tirania permanece. Não obstante, O PARTIDO É LIVRE PARA RECONSTITUIR A HISTÓRIA COMO QUISER. Como o comunismo perdeu a batalha no país, temos democracia e liberdade.

A própria presidente Dilma Rousseff é beneficiária desses valores. Ex-membro de dois grupos terroristas, o Colina (Comando de Libertação Nacional) e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), também ela, aqui e ali, em seus discursos, reconta o passado como lhe dá na telha e exalta aquela juventude — qual mesmo??? — que teria lutado por democracia. Falso! Tão falso quanto afirmar que ela cumpriu a promessa de construir 1.700 creches em 2011. No livro “Combate nas Trevas”, o historiador comunista Jacob Gorender cita justamente o Colina como um grupo que assumia claramente uma perspectiva terrorista. E o mesmo se diga da VAR-Palmares, que surgiu justamente da fusão daquela primeira organização a que pertenceu Dilma com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), de Carlos Lamarca. Juntos e em associação com outros, os três grupos mataram dezenas de pessoas que nem sequer tinham ligação com a luta política. Consta que Dilma, pessoalmente, não matou ninguém. Mas pertencia ao comando — inclusive cuidando de parte da grana — de grupos que mataram. Isso é inequívoco. Como é inequívoco que Colina, VPR ou VAR-Palmares jamais quiseram democracia.

Não obstante, Dilma tem a liberdade, que ela não ajudou a construir, de contar a história como lhe dá na telha. Mais: deu força à criação de uma tal Comissão da Verdade que, vejam vocês!, para escândalo de qualquer acadêmico honesto da área (ainda que crítico ferrenho do regime militar), vai definir uma “verdade histórica oficial”, uma verdade de estado. Isso é autoritário em sua própria natureza. Dilma não só mistifica o próprio passado como nomeia pessoas que seguem a sua trilha, a exemplo de Eleonora Menicucci, ministra das Mulheres. Ex-membro do POC (Partido Operário Comunista), também ela — assaltante confessa, no passado, para financiar “a revolução” — afirmou no discurso de posse ter sido uma jovem empenhada na construção da democracia.

A democracia, no Brasil, virou a água benta do pecador compulsivo que entra numa igreja. Todo mundo pode meter a mão lá e se persignar, o que não quer dizer que esteja com a alma e com o passado limpos. Não mesmo! Mas a democracia permite a Dilma, a Eleonora e ao PC do B contar a sua própria versão da história. Não deveria permitir, mas está sendo feito, que essa história distorcida virasse história oficial. Então vamos ao ponto.

Por que o Clube Militar não pode fazer um seminário sobre 1964? O objetivo não era exatamente “comemorar” o golpe, como se está dizendo por aí, mas abordar o período segundo uma ótica, estou certo, que não é exatamente a da esquerda. O Clube Militar é, como o nome diz, um clube, uma entidade associativa. Mais ainda: já vimos que a lei garante aos militares da reserva o direito de se posicionar sobre temas políticos. Não há qualquer restrição. Ademais, ninguém estava lá incentivando o golpismo.

Mas quê… Desde o governo Lula, MAS DE FORMA MAIS ACENTUADA SOB A GESTÃO DILMA, os revanchistas estão tentando criar confusão e trazer o passado a valor presente, mas com uma particularidade: UM DOS LADOS, A ESQUERDA, PODE DIZER DE SEUS ADVERSÁRIOS O QUE BEM ENTENDER, MAS SEUS ADVERSÁRIOS ESTARIAM PROIBIDOS DE DAR A SUA VERSÃO ATÉ SOBRE SI MESMOS. Entenderam qual é o busílis? Não só a “verdade” se tornou monopólio de um dos lados como o próprio direito de se manifestar.

“Ah, mas onde já se viu falar sobre 1964???” Ora… Onde já se viu Dilma e o PC do B afirmarem que queriam democracia? O tema debatido lá nesta quinta, de todo modo, é irrelevante. Sei do que falo. Esse mesmo Clube Militar promoveu, em setembro de 2010, um debate sobre, pasmem!, “Liberdade de expressão”. Os convidados a falar éramos eu, Merval Pereira, Paulo Uebel (Instituto Millenium) e Rodolgo Machado Moura, representante da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Ninguém nem sequer tocou em 1964 ou coisa parecida. Atenção! Ao mesmo tempo em que debatíamos ali liberdade de expressão, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo abria suas portas para uma manifestação das centrais sindicais, que pediam “controle da mídia”. Isto mesmo: no Clube Militar, falávamos de liberdade de expressão; no Sindicato dos Jornalistas, defendiam a censura. Pois bem: também naquele caso, adivinhem quem apareceu para protestar… A Juventude Socialista! Contei a história aqui.

Há três dias, hordas sob o comando do MST — evidência omitida pelos jornais — saíram perseguindo pessoas por aí e pichando suas casas e local de trabalho sob o pretexto de pedir a instalação da Comissão da Verdade. Isso é “justiça de rua”, é fascismo. Agora, um bando decide agredir e xingar os militares da reserva, que têm o direito legal de debater o que lhes der na telha. Ninguém estava lá conspirando contra a ordem e pregando golpe de estado. Tais ações estão sendo claramente incentivadas, instigadas e, na prática, apoiadas pelo governo federal. Consta que havia 350 baderneiros por lá. Não será difícil, a persistir esse estado de coisas, encontrar outras 350 dispostas a defender os que estão sendo caçados e cassados ao arrepio da lei.

O que quer Maria do Rosário?
O que quer Dilma Rousseff?
O confronto de rua?

Dilma já tem problemas demais para resolver e está, lentamente, dando comida para alguns monstrinhos que estavam guardados na gaveta. Uma intervenção militar hoje em dia seria, felizmente, impensável! Nem por isso as forças que odeiam a democracia hoje, como a odiavam no passado, estão livres para promover seus “justiçamentos” ao arrepio da lei. Se a instituições estiverem tão corroídas a ponto de não poderem reagir, não tenham dúvida de que a sociedade, um pedaço dela ao menos, reage.

A presidente tem de fazer a escolha entre a democracia e a guerra de todos contra todos. Ela já saiu da VAR-Palmares faz tempo — por isso não permito que seja chamada de “terrorista” aqui. Falta agora demonstrar que a VAR-Palmares também saiu de Dilma. Há hoje um claro incentivo à baderna que emana do Palácio do Planalto. E isso tem de acabar. Em nome da lei e da Constituição!

É com elas que Dilma governa, não com seu passado supostamente glorioso. Até porque ele é controverso. Os familiares das vítimas do Colina e da VAR-Palmares sabem disso muito bem.
Por Reinaldo Azevedo

VEJAM ESTE FILME, SENHORES DEPUTADOS! Às vésperas da votação do Código Florestal, por que não ouvir quem vive da terra?

Boa parte ecologismo radical deve achar que comida nasce nas gôndolas do Pão de Açúcar e do Carrefour. Não nasce, não! Tem de ser plantada. Já conversei com amigos da natureza que não saberiam distinguir um pé de alface de capim. Abaixo, segue um depoimento de Almerita Francisca da Silva. É uma agricultora de Igarapé Preto, no Amazonas. Seu depoimento foi colhido em Boca do Acre (AM). Por favor, vejam até o fim.

Eis aí. Volto a uma questão muitas vezes tratada aqui. Aquilo a que chamam “agronegócio” — as grandes empresas, especialmente papeleiras e o setor sucroalcooleiro — já têm a sua situação regularizada segundo o Código Florestal em vigência ou o que está para ser votado. Quem está em situação considerada ilegal e precisa ter sua vida regularizada é o pequeno, é o agricultor pobre.

Essa gente não mobiliza os “amigos da natureza” e os caridosos ecologistas. O jornalismo também lhes vira as costas porque prefere pensar que estamos numa luta do bem (os preservacionistas) contra o mal (os desmatadores). Ignora-se o Brasil real. Dona Almerita é do Acre, conterrânea de Marina Silva. Mas essa porta-voz da “nova política” não lhe dá bola.

Acho que o que vai acima explica, em boa parte, o fato de a então candidatado PV à Presidência (ela já deixou o partido) ter ficado em terceiro lugar no seu próprio estado na eleição presidencial de 2010. Obteve 23,58% dos votos, contra 52,18% de José Serra e 23,74% de Dilma Rousseff.

Dona Almerita quer plantar. Mas o onguismo verde e a Fundação Ford a querem pendurada no Bolsa Família!
Por Reinaldo Azevedo

Post do Leitor: preocupado com demora no julgamento do Mensalão, grupo por ética na política vai entregar ampulheta ao ministro Lewandowski


Revelando a preocupação de tantos brasileiros com o julgamento do escândalo do mensalão, republico o post do Marco Balbi, coronel da reserva do Exército.
"Participo de um grupo no Facebook, com 360 membros, denominado “Queremos Ética na Política” (Acesse aqui!).

Como o próprio nome indica, centramos os nossos debates no combate à corrupção e em defesa da transparência e da moralidade públicas.

Em consonância com os objetivos do grupo, estamos preparando o evento “Missão Ampulheta”, agendado para o dia 25 de abril. Através dele, pretendemos chamar a atenção da imprensa e da população em geral para as consequências da demora na liberação do processo do mensalão por parte do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
Pretendemos entregar ao ministro, pessoalmente, uma ampulheta como símbolo da premência de tempo que a sociedade exige para que se inicie o julgamento ainda no primeiro semestre de 2012.

Mais de 34 mil apoiadores

Para realizar essa missão, o grupo já conta com o apoio de outras agremiações congêneres, congregando ao todo mais de 34 mil membros. Diante da ausência de oposição efetiva no Congresso e no debate político em geral, resta constatar que a oposição somos nós.

Para que a manifestação ganhe impacto e credibilidade, é fundamental contarmos com o apoio de profissionais gabaritados da imprensa. Dessa forma, o presente convite lhe é formulado em função do seu engajamento em defesa da democracia e do Estado de Direito no Brasil.

O grupo tem a expectativa de contar com o seu relevante apoio para dar visibilidade e fortalecer a divulgação desse evento cívico.

Demora implicaria em prescrição e em candidaturas dos réus
Como bem sabemos, a retenção do processo em apreço não só impede o início do julgamento, como liberaria os réus para se candidatarem às eleições municipais, além de ensejar a prescrição de penas.

Daí a importância de uma ação conjunta dos grupos e organizações focadas no combate à corrupção, fortalecendo as manifestações cívicas junto ao ministro Lewandowski para que apresente o seu relatório sem mais delongas.